PROFESSOR ESTE MATERIAL É PARA O SEU ESTUDO E PREPARAÇÃO DA SUA AULA, VOCÊ DEVE COLOCAR AS PALAVRAS DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA DA SUA CLASSE. CASO TENHA DIFICULDADE POR FAVOR ENVIA UM E-MAIL E EU DAREI MAIS DICAS PARA QUE SEUS ALUNOS ENTENDAM.
Primeiro - “Não terás outros deuses diante de mim.” (Êx
20.3)
Vejamos primeiramente o
que diz Deus no versículo 2: “Eu sou do Senhor, teu Deus ...”. Haveria melhor
maneira de apresentar-Se a humanidade? “Eu sou”. Ele está acima de tudo, antes
de tudo e tudo tem nEle a sua causa. É, pois, com toda autoridade que Ele manda:
“Não terás outros deuses ...”.
Caem por terra as
teorias do Ateísmo e do Materialismo, que negam a existência de Deus; condena o
Panteísmo, rama da Filosofia que identifica Deus com o mundo; condena também e
em especial o politeísmo, que é a prática do culto a muitos deuses.
O conceito do homem
sobre Deus varia conforme seu estado de espírito, que, valendo-se da sua
imaginação, cria deuses de todos os feitios e formas. Acontece que o Senhor
Deus, o grande “Eu sou” não pode ser imaginado: Ele está acima dos limites da
imaginação humana. “... Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo Poderoso,
aquele que era, que é e que há de vir.” (Ap 4.8).
Segundo – “Não farás
para ti imagem de escultura ...” (Êx 20.4)
Tanto a escultura como
a pintura, quando vistas como pura arte, merecem nossa análise e apreciação. O
próprio Deus ordenou a Moisés que mandasse esculpir dois querubins de ouro na
arca que estava dentro do Tabernáculo, no lugar santíssimo. A diferença está
entre “fabricar” e “adorar” (ou cultuar) a arte. “Deus não pode consentir que
divindades falsas – meras imaginações e vaidades dos homens, entrem em
competição com Sua pessoa; Ele é o soberano do universo. Reina sobre tudo e
todos. Não há lugares para vaidades humanas; os ídolos são vaidade.” (Dr. A. N.
Mesquita)
Terceiro – “Não tomarás
o nome do Senhor , teu Deus, em vão ...” (Êx 20.7)
Jurar falsamente, quer
quando ao intercâmbio entre o homem e Deus, quer entre o homem e seu
semelhante, é pecado. No período grego, todos que juravam em vão eram, na
primeira vez, punidos com pesadas multas e, em caso de reincidência, ficavam
sujeitos a perder seus direitos civis. Já para os romanos, o juramento falso
eram crime de morte. Quanto aos judeus, o castigo era proporcional à falta
cometida (Dt 19.9). Sobre jurar falsamente diz o escrito Mesquita:
“Jurar falso não só
ultraja a justiça e a verdade, tolhendo a reparação possível ao ofendido, mas
pode trazer as mais graves injustiças e desgraças ... Ele atenta contra o
indivíduo, em sua integridade moral, contra a família, em sua honra, e contra a
sociedade, em sua segurança.
Quarto – “Lembra-te do
dia de sábado, para o santificar.” (Êx 20.8)
Quando analisamos Gênesis
vemos sobre o sábado no princípio da criação, porém, complementando nosso
estudo: a palavra sábado provém do
hebraico e significa descanso ou período de descanso. Assim a questão não está
em um dia especial da semana, mas em não se guardar um dia, qualquer um para
descanso físico da vida material, tão laboriosa. Deus instituiu o sábado com
dois propósitos principais:
1.
Para o homem dar descanso ao corpo físico,
semanalmente, recompondo suas forças;
2.
Para o homem alimentar o corpo espiritual,
através do culto a se prestar ao Senhor Deus. “Santifiquemos o sábado cristão,
pela santificação da vida e, santificando-o tormamos santificados a vida e o
Senhor dela, em todas as manifestações.” (Dr. A. N. Mesquita)
Quinto – Eis o
mandamento que está relacionado aos deveres do homem para com Deus e também aos
deveres do homem para consigo mesmo. Assim, se o homem é bom filho em relação
aos pais, ele o será também em relação a Deus. Porém, jamais poderá dizer que
ama e honra a Deus se estiver ignorando seus pais ou, mais que isto: desrespeitando-os.
Não existe melhor “carta
de recomendação” a um indivíduo do que a de conhecê-lo na condição de filho.
Dentre outras virtudes que caracterizam o bom filho estão: o amor, a
fraternidade, a cooperação e o respeito. Em observando essas características, o
filho embeleza o caráter e suaviza os contratempos da vida.
Por outro lado, aquele
que falta com respeito para com seus pais jamais será feliz em seu viver.
Notemos que este mandamento está se completando com a promessa: “... para que
se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.”. Então, o que é que espera pelo filho
obediente? Uma vida positiva, naturalmente!
Existe um outro ponto
importante na análise deste mandamento. Há um diabo muito conhecido que diz: “A
mão que embala o berço governa o mundo”. Que quer dizer isto? Acaso pode o
homem colher rosas se semeou abrolhos? Como saberão nossos filhos observar o
mandamento divino em toda a sua grandeza se pouco, ou quase nada, tivemos
falado de Deus e de todo o amor que O envolve? Se desde pequeninos os nossos
filhos forem devidamente amados e instruídos moral e espiritualmente, sua
tendência será a de crescer em amor para conosco e serem participantes diretos
dos planos divinos.
Sexto – “Não matarás.”
(Êx 20.13)
Aristóteles, o
filósofo, dizia: “A preservação da raça e de qualquer governo se fundamenta no
cuidado e segurança da vida.”. “Não matarás”, pois que todos somos descendentes
e participantes de uma mesma árvore; somos de uma mesmo corpo, de uma mesma
família e da mesma sociedade; por que então eliminar a vida de nosso
semelhante, do nosso irmão? Se eliminarmos uma das marchas do automóvel, ele
não terá bom desempenho na pista. Assim, tirar a vida do próximo é por em
perigo uma série de engrenagens – a da religião, a da sociedade, a da arte, Ada
cultura e, em especial, a da família, que foi instituída por Deus.
Sétimo – “Não adulterarás.” (Êx
20.14)
Em outras palavras: todo lar deve
Sr santificado, honrado e ter paz. “Matar arruína a vida; adulterar arruína a
honra e, em muitos casos é preferível a honra à vida”. Segundo a lei de Moisés,
para homens e mulheres adúlteros a punição era igual: a morte (Lv 20.10; Jo
8.1-11). Não somente no Brasil, mas em todo o mundo existe algo terrível que
tem tomado conta de toda a sociedade: a peste do adultério. Esta peste vale-se
de muitos meios para semear a ruína e a miséria no seio da família, que é a Bose
de uma sociedade bem estruturada. Os maiores problemas dos governos estão
indiscutivelmente concentrados na adolescência e na juventude, vítimas que são,
na maioria, de lares divorciados.
Oitavo – “Não furtarás.” (Êx
20.15)
Este mandamento é tão importante
quanto os demais. Não furtar quer dizer não possuir, não guardar para si coisa
alguma que não lhe pertença. O dinheiro é ao mesmo tempo bênção e maldição.
Quantos benefícios! S tentarmos fazer uma relação dos benefícios, não
conseguiremos chegar ao final; da mesma forma, se quisermos relacionar os
malefícios.
Quantos e quão terríveis são os
males ocasionados pelo dinheiro! Se falta, gera problemas. Se sobra, também
gera problemas! “Se não fora por causa do dinheiro, talvez o sexto mandamento
tivesse poucos infratores e o oitavo tivesse menos transgressores.” (Dr.
Mesquita). Furtar inclui apropriação indébita (indevida) de dinheiro, bens,
objetos; omissão de pagamentos de dívidas assumidas; sonegação de impostos; uso
de falsos pesos e medidas, etc. Há também o furto do tempo. Quando o tempo é
mal empregado, mal usado, o seu usuário também está furtando. Todo furto é
crime perante a Lei e pecado perante Deus.
Nono – “Não dirás falso
testemunho ...” (Êx 20.16)
Antes de analisarmos este
mandamento, leiamos Tiago 3.2-12, com atenção; “...uma fagulha põe em brasas
tão grande selva!” (v.5). Quantos inocentes têm morrido nas câmaras de gás ou
caldeira elétrica por causa de um falso testemunho! Quantos são os lares
destruídos! Quanta ruína, quanta guerra, em todo o tempo, amar e falar a
verdade, e o Senhor nos abençoará, pois “A falsa testemunha não fica impune, e
o que profere mentiras não escapa.
Décimo – “Não cobiçarás ...” (Êx
20.17)
A cobiça, tanto quanto a prática
da injustiça e da violência, pode levar-nos
resultados funestos. A Bíblia , em tempo algum, procura encobrir os
pecados dos filhos de Deus, nem mesmo de Davi, pois tem ela, entre outras, a
finalidade de advertir, citando exemplos.
Que teria feito Davi em relação a
este mandamento? Cobiçado Bate-Seba, a esposa de Urias, oficial de seu
exército. Por que cobiçou, apelou para o desespero, tramando impiedosamente a
morte de Urias (2Sm 11.15). Entendamos também que cobiçar não significa desejar
um automóvel igual ao do nosso vizinho, mas sim, desejar o próprio automóvel
desse vizinho.
Retirado do livro do Curso Médio
de Teologia EETAD - O Pentateuco (Os cinco livros de Moisés)
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